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Tuesday, October 31, 2006

ECS 5- Weber

Max Weber estudou a fundo a sociologia, as relações humanas e o

O sociólogo Max Weber estudou a fundo a sociologia, as relações humanas e os resultados das mesmas. Para ele, a continuidade dessas relações sociais está baseada na dominação, onde há a submissão de um grupo a um certo mandato. Weber nos traz o que considera ser os três tipos de dominação legítima:

DOMINAÇÃO LEGAL – Esta dominação é baseada em estatutos, direitos e deveres, com regras impostas que devem ser obedecidas. Podemos chamá-la de dominação burocrática, pois segue uma hierarquia de cargos, onde há subordinação de inferiores aos superiores. Vemos isso claramente nas empresas privadas, capitalistas, onde empregados obedecem o patrão, o chefe.

DOMINAÇÃO TRADICIONAL – Segue os princípios da tradição, onde obedece-se uma pessoa por sua dignidade e fidelidade. Era muito utilizada antigamente, na relação senhor/escravo, onde o senhor ordenava e os súditos obedeciam.É a pura dominação patriarcal, onde por exemplo, o chefe da família é o responsável pela educação dos filhos, é ele também quem toma as decisões importantes da casa, sempre seguindo a tradição, assim como seu pai já o fazia.

DOMINAÇÃO CARISMÁTICA - Esta domonação basea-se na devoção afetiva a uma pessoa, bem como nas suas virtudes. Essa pessoa é escolhida a partir do seu carisma, vocação e não necessariamente pelas suas competências, habilidades e qualificação pessoal. Podemos dizer que é dominação do profeta, do dermagogo, onde a revelação ou a criação momentânea é uma das características.

Após refletir sobre essas três formas de dominação apresentadas por Max Weber, observa-se com mais clareza como essas dominações estão presentes no nosso dia dia, na sociedade que estamos inseridos, nas relações sociais que fazem parte do nosso dia pessoal e profissional. No trabalho obedecemos a regras e normas, muitas vezes até sem direito de contestá-las, é a pura dominação legal. Ao escolhermos um candidato, uma religião ou um amigo, fazemos uso da dominação carismática. Ao refletirmos sobre nossa estrutura familiar, nos deparamos com a dominação tradicional, patriarcal, onde muitos dos valores que nossos pais nos passaram, foram igualmente passados a eles por seus pais. O que devemos fazer é compreender, refletir e aprender a equilibrar essas dominações nas nossas relações sociais.


ESC6

Ser/estar - papéis
Na minha escola a escolha da diretora é feita pela Secretaria de Educação, os professores não tem direiro de votar, somente aceitar. A vice-diretora é escolhida pela diretora, pelo seu carisma, amizade, confiança. A coordenadora pedagógica também é escolhida seguindo esses critérios, e assim como a vice-diretora, precisa do aval da Secretaria de Educação. A dominaçãoo carismática prevalece.
Poder - Hierarquia
Nós professores temos que seguir normas e regras impostas pela direção, mesmo que não concordamos completamente com elas, e a direção segue as ordens e normas da Secretaria de Educação, que segue ordens do administrativo, do prefeito.

Friday, October 27, 2006

ECS4- Visita blogs

Visitei o blog da colega Ana Mattes e fiz um comentário:http://anamattes.blogspot.com/
Também deixei um comentário no blog da colega Stela Maris:http://stelamuck.blogspot.com/
Para encerrar, visitei o blog da Kelly:http://kellimattes.blogspot.com/
Adorei visitar os blogs das minhas amigas e ver que elas estão construindo obras maravilhosas, parabéns meninas. Aproveitem e visitem também, um grande abraço, Si Scherer.

ECS-8 Minha Imagem


Oi galera! Minha imagem é esta. Quem mais tem essa imagem?

simonescherersi@yahoo.com.br

Monday, October 09, 2006

Como ler o mundo?


COM BASE NA LEITURA DO TEXTO: “A educação como processo socializador: função homogeneizadora e função diferenciadora”-Émile Durkheim:

1. Qual a posição de Durkheim frente ao que diz Stuart Mill?
O autor deixa claro que a definição de Stuart apresenta fatores que podem provocar certa confusão. Mesmo concordando que as influências sobre os homens são diversas, acredita que a influências das pessoas de uma mesma geração, umas sobre as outras, são bem diferentes das que os adultos exercem sobre as crianças e adolescentes, sendo esse o motivo que o leva a reservar a educação.

2. Quais as duas ressaltadas por Durkheim? Explique o ponto fraco em que incorrem?
Na primeira, Kant diz que a finalidade da educação é desenvolver em cada indivíduo, toda a perfeição de que ele seja capaz. Nessa definição o autor nos leva a refletir sobre como desenvolver harmonicamente todas essas capacidades e potencialidades do ser humano, se ele se depara com a obrigatoriedade de ter que dedicar-se a uma atividade especializada, já que temos precisamos preencher diferentes funções na sociedade.
A segunda, diz que a educação teria como objeto ‘fazer do indivíduo um instrumento de felicidade para si e para seus semelhantes’, sendo a felicidade uma coisa subjetiva, onde cada um a aprecia de seu modo, sendo que as condições da felicidade são as da vida. A felicidade completa é a vida completa.
O ponto fraco dessas duas definições é que elas partem do postulado de que há uma educação ideal, perfeita, apropriada a todos os homens, indistintamente. Só que a educação sempre se construiu a partir de influências culturais de cada época, principalmente religiosas e políticas, não tendo como fugir dessa realidade. A educação tem variado infinitamente, com a cultura/sociedade.

3. O que é preciso, de acordo com Durkheim, para definir educação?
Para ele, é preciso considerar os sistemas educativos e aprender deles os caracteres comuns, sendo que o conjunto desses caracteres será a definição de educação.
Um desses caracteres é que se faz necessário que haja uma geração de adultos e uma geração de jovens, crianças e adolescentes. Outro é que essa primeira geração exerça influência sobre a segunda.
Os sistemas de educação trabalham de forma heterogênea, pois precisam dar contam de preparar as essas crianças para as mais diferentes profissões cobradas pela sociedade, sendo assim, há grande diversidade pedagógica, o que comprova que a educação não tem como ser absolutamente homogênea e igualitária. Mas esses sistemas não constituem toda a educação.

4. De acordo com Durkheim, que fatos levam cada sociedade a fazer do homem certo ideal, tanto do ponto de vista intelectual quanto físico e moral?
Todos os povos têm certas idéias, sentimentos e práticas que a educação deve inculcar a todas as crianças, indistintamente, independendo da categoria social a que pertençam. Mesmo que cada sociedade tenha suas crenças particulares, ainda assim terão assuntos que são do conhecimento de todos e que influenciam diretamente na aquisição de certos hábitos mentais que vão além da educação religiosa, por exemplo.
No decorrer da história, constituíram-se um conjunto de idéias acerca da natureza humana, sobre a importância de nossas diversas faculdades. Essas idéias são a base do espírito nacional, onde toda e qualquer educação conduz às carreiras liberais, como a que prepara para as funções industriais, tem por objeto fixar essas idéias na consciência dos seus educandos, resultando, assim, o fato de que cada sociedade faz do homem certo ideal.

5. Segundo o autor, que função o "ïdeal" a ser realizado têm que suscitar na criança?
Esse ideal, ao mesmo tempo uno e diverso, é que constitui a parte básica da educação. Sua função é suscitar na criança um certo número de estados físicos e mentais que a sociedade considera como indispensáveis a todos os seus membros; certos estados físicos e mentais, que o grupo social particular considera igualmente indispensáveis a todos que o formam. A sociedade, em seu conjunto, e cada meio social em particular, é que determinam este ideal a ser realizado.




6. A partir da definição "A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança, particularmente, se destine" o que conclui Durkheim? Explique ?
Durkheim concluiu que a educação consiste numa socialização metódica das novas gerações. Em cada um de nós existe dois seres, onde um é o ser individual, que só relaciona-se com os acontecimentos da vida pessoal; e o outro é um sistema de idéias, sentimentos e hábitos, que exprimem em nós, não a nossa personalidade, mas os grupos diferentes que fazemos parte ( as crenças religiosas, as crenças e práticas morais, as tradições nacionais ou profissionais, as opiniões coletivas de toda a espécie ). Seu conjunto forma o ser social. O fim da educação é constituir esse ser social em cada um de nós.


7. Como o autor explica que sociedade e indivíduo são idéias dependentes?
A moral está relacionada com a natureza das sociedades, pois ela muda quando as sociedades mudam. É que ela resulta da vida em comum. É a sociedade que nos lança fora de nós mesmos, que nos obriga a considerar outros interesses que não os nossos, que nos ensina a dominar as paixões, os instintos, e dar-lhes lei, ensinando-nos o sacrifício, a privação, a subordinação dos nossos fins individuais a outros mais elevados. A evolução dasociedade nos faz sentir a necessidade de ir além, de buscar, de aprender e saber mais; sem essa imposição da mesma, seríamos hoje pacatos seres humanos, sem desejos, sem leis, sem regras, sem disciplina e sem desafios. Do ponto de vista intelectual também devemos muito à sociedade. É a ciência que elabora as noções cardeais, que dominam o pensamento, como a noção de causa, de lei, de espaço, de número; noções de corpo, de vida, de consciência, de sociedade, entre outras. Fica claro como o indivíduo é influenciado pela sociedade e como essas influências são fundamentais para sua existência, seu esforço e sua evolução como ser humano.
A que se reduziria o homem, se retirasse dele tudo o que a sociedade lhe empresta? Retornaria à condição de animal. Se o homem ultrapassou o estágio em que os animais permanecem, é porque o resultado único de seus esforços pessoais já não erm mais suficientes, por isso cooperou sempre com seus semelhantes, o que veio reforçar o rendimento da atividade de cada ser.
Os conhecimentos e os frutos das experiências humanas são conservados, graças à tradição oral, graças aos livros, aos monumentos figurados, aos utensílios e instrumentos de toda espécie, que se transmitem de geração em geração. Isso nos faz crescer muito enquanto indivíduo, já que podemos contar com o que a sociedade conservou para nós.
Para que esses conhecimentos todos possam ser conservados e acrescidos por cada geração, será preciso uma entidade moral dura que ligue uma geração à outra: a sociedade. Desejando melhorar a sociedade, o indivíduo deseja melhorar a si próprio. A ação exercida pela sociedade, especialmente através da educação, tem por objeto engrandecer o indivíduo e torná-lo criatura verdadeira humana.

Monday, October 02, 2006

Quem sou eu

Simone Scherer, esse é meu nome, um lindo nome, sou completamente apaixonada por ele. Tenho 25 anos, nasci no interior de Palmeira das Missões, tive uma infância muito feliz, subi em muitas árvores, cuidei de muitos animais( lembrei de cada um dos que li no conto da Ilha Desconhecida), já fiz muito bolinho de barro, brinquei com boneca de milho verde, carrinho de sabugo de milho, budoque, perna de pau e muito mais. Com 5 anos estava alfabetizada, na 1ª série do 1º grau, mas como não podia cursar a 2ª, fiz mais um ano de 1ªsérie, foi um pouco chato, mas valeu, brinquei pra caramba. Meus pais sempre passaram por muitas dificuldades financeiras, mas o estudo das filhas sempre esteve em primeiríssimo lugar. Tenho mais duas irmãs, a mais velha também é professora e a mais nova é infermeira.
Vim morar em Nova Hartz no dia 12-08-1992, quando cursava a 6º série, tinha 11 anos e gostei muito da cidade, era pequena, parecia do interior, simples, bacana, mas com muito mais oportunidades, já que chegamos quando havia grande oferta de emprego para meus pais. Continuei estudando bastante e desde os 13 anos trabalhei em atelier de calçado para ajudar meus pais. Aprendi a ser responsável por tudo o que fazia e ganhava, foi muito bom pro meu crescimento pessoal. Sempre que passava 4 horas trancada numa salinha sentindo o cheiro horrível da cola do sapato, me imaginava fazendo milhões de coisas, menos sapato. Lembro, como se fosse hoje, das inúmeras vezes que chorei no banheiro, as vezes de raiva, outras de cansaço mesmo e algumas de indignação, mas jamais desisti, pois sabia que precisava do dinheiro no final do mês. Essa luta continuou, aos 14 anos ingressei no Magistério no Estadual em Sapiranga, mas saí no 2º ano e voltai pro Evira Jost, escola estadual de Nova Hartz, onde concluí o Segundo Grau. Precisei parar com o Magistério por falta de grana, novamente fui trabalhar, só que desta vez, o dia todo, numa empresa grande, com carteira assinada, mas com apenas 15 anos. Foram 2 anos, 2 meses e 6 dias de tortura, o cheiro, a carga horária, o ambiente trancafiado, a angústis de não conseguir fazer algumas coisas devido ao meu tamanho e força, mas como sempre, não desisti. Durante esse tempo, tive miningite aos 16, a enxaqueca me pegou aos 17 e a vontade de desistir chegou várias vezes. Me considero muito forte, pois as barreiras que quebrei eram fortes e persistentes, mas não tanto quanto eu fui.
Em 1998, em fevereiro, já formada no 2º grau, ingressei no Santa Teresinha de Taquara para fazer adaptação ao magistério, foram 18 meses maravilhosos. Ainda em abril de 98 comecei a dar aula para o EJA, tinha 17 anos, era a mais nova da sala, já que os alunos eram todos adultos. Confesso que foram os 2 melhores anos da minha carreira no Magistério. Desde então, me sentia como o homem que pediu o barco, faltava descobrir uma ilha, me descobrir. Fiz vários cursos, montei um grupo de danças na escola, apresentamos várias vezes, ingressei na Ulbra em 1999, com 18 anos, cursando Letras, tranquei quando engravidei aos 19. Retornei em 2003 na Feevale, cursando Educação Física. Tranquei novamente para poder Construir minha casa, que é linda e simples, mas alegre e cheia de vida, de sonhas e de desejos.
Quando lembro da minha infância, não tem como não me ver dando aulinhas para as bonecas de milho ou para minhas amiguinhas, até mesmo para minha irmã mais nova, esse desejo sempre fez parte de mim, minha dinda era professora, minhas tias, tias-avós, primas e minha irmã que sempre me apoiou e que não me deixou desistir desse sonho.
Casei aos 19 anos, dava aula 20 horas em Nova Hartz, morava em São Leopoldo, mas me separei aos 22 e voltei para NHz, onde desde então, trabalho 40 horas semanais, com 2 concursos, encarando os desafios diários de trabalhar e educar minha linda filha Natália. Aos 23 casei novamente, constituí uma nova e feliz família, pois nos amamos, nos respeitamos e nos ajudamos muito para que ver nossos sonhos realizados.
Hoje ser professora é uma bênção, sei que ralei muito e mereço toda a gratificação que a profissão me proporciona. Cada sorriso, cada gesto de carinho dos meus alunos já faz valer o esforço contínuo e a busca permanente que faço rumo a uma melhor atuação como professora. Estar na Ufrgs é o maior e melhor passo que dei profissionalmente e tenho certeza que o crescimento pessoal não ficará para trás.
Cada novo dia, quando acordo às 5h45min, tenho a chance de recomeçar e de traçar um novo rumo para minha carreira e para meus alunos. Estar cursando pedagogia já é estar desafiando a comodidade e ir em busca de respostas para todas as dúvidas do dia dia em sala de aula, sejam elas de âmbito pessoal(encontrar-me comigo mesma)ou profissional(será que a forma como conduzo minha prática está sendo suficiente e satisfatória para meus alunos?).
Meu maior desejo como professora é ter escolas informatizadas, salas de recurso a nível de literatura, jogos, materiais didáticos e pedagógicos, bem como atendimento aos alunos com psicólogos e fonoaudiólogos, essa com certeza seria a escola dos meus sonhos. Mesmo sabendo que nos últimos 8 anos de sala de aula não cheguei nem perto disso, continuo com esperança(tanto quanto a mulher que limpava, que não queria deixar o homem que pediu o barco desistir de achar a Ilha Desconhecida).
O conto de Saramago me fez voltar no tempo e sentir sensações já quase intocáveis, pois senti cheiros, alegrias e tristezas ao terminar de ler, já que um filme bem grande rodou ma minha memória. Se pudesse abraçá-lo e dizer obrigado por esta sensação, com certeza o faria.
Mesmo lembrando de tantas coisas boas, continua o receio de não estar fazendo a coisa certa em relação ao processo de ensino-aprendizagem dos meus alunos, já que a cada dia enfrentamos novos desafios, como esse que encarei em 21-09-2006, ao receber um aluno com baixa visão, totalmente cego de um olho e pouca porcentagem no outro. Estamos fazendo curso de Braille, eu o aluno e a mãe dele. Tudo novo, mas muito interessante, só que ao mesmo tempo, a dúvida: Será que conseguirei suprir as necessidades dessa criança? De uma coisa estou certa, vou dar o melhor de mim e farei todo o possível para que isso aconteça.
Essa é parte da minha história, da minha vida e do que realmente me marcou. Sei que muitas pedras existem no caminho, mas sei também que muitas ainda irei chutá-las para bem longe, como fiz até hoje. Sou uma professora apaixonada pelo que faço, tanto com meus baixinhos de pré-escola quanto com os de 1ª e 2ª série que atendo na Educação Física, durante este semestre.
Serei sempre essa menina-mulher que corre atrás dos seus sonhos e não desiste jamais, assim como o homem que pediu um barco e a mulher que limpava não desistiram de rumar ao desconhecido, ou seja, rumar ao encontro do seu eu e do infinito mundo de possibilidades que este encontro oferece e sempre irá oferecer. Toda busca vale a pena quando desejamos intensamente buscar, seja algo conhecido ou desconhecido.




Na pureza das águas, na leveza dos ventos, no barulho do mar e nos encantos da natureza levo minha vida com uma grande certeza: o que sonho, desejo e faço com amor, respeito e dedicação, faz de mim uma mulher/professora pura e íntegra. Si.