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Thursday, December 28, 2006

ECS11 - Paolo Nosella

Paolo Nosella traz a tona as angústias da maioria dos educadore

No texto “Educação e crise no trabalho”, Paolo Nosella traz as angústias da maioria dos educadores, o descontentamento e, de certa forma, a revolta de quem realmente quer uma educação melhor para o povo brasileiro. Quando refere-se à filosofia escolar brasileira e relata os 3 momentos marcantes do séc. XX: 1- A escola brasileira republicana (1889 – 1930); 2- A escola brasileira populista e corporativa (1880 -1990); 3- A escola brasileira do final do século: a difícil recuperação da qualidade, ele me faz viajar no tempo, afinal, eu ainda nem era nascida quando tudo isso já estava acontecendo.

Ao falar da escola brasileira republicana, reforça bem o quanto o sistema educacional foi marcado pela filosofia educacional católica e contra-reformista, sendo que a clientela eram as filhas de fazendeiro, de funcionários públicos bem sucedidos e de negociantes.

Na escola populista e corporativa, o populismo e o corporativismo aparecem de forma marcante e específica em relação à educação em geral e também sobre a política de formação dos professores e demais profissionais da educação. Quando li sobre o assunto, lembrei da minha formação de 2º grau, que foi noturna, ou seja, enfrentando 13h de jornada de trabalho, e que deixou muito a desejar.

Ao falar de escola obrigatória (até 14 anos), que deveria formar o cidadão para a vida e não para o trabalho, e escola pós-obrigatória (2º, 3º e 4º graus), o autor nos deu uma grande oportunidade de reflexão a respeito do assunto, afinal, a sociedade e o mercado de trabalho cobram tanto a escolarização que a mesma vem sendo cada vez menos exigente, formando o máximo de pessoas possíveis, deixando-as aptas ao trabalho, ficando o diploma pelo diploma e não pela aprendizagem.

A escola brasileira do final do século vem tentando recuperar a qualidade do ensino, mas está se deparando com debates sobre o ensino travado por parte do governo e da sociedade civil.

A qualidade do ensino se garante com uma boa avaliação, outro aspecto relevante que se perdeu ao longo dos anos e das tentativas de avanço. Não posso dizer que não houve avanço, mas pude perceber, ao ler este texto e ao pesquisar sobre políticas educacionais, que muito se perdeu desde a escola republicana, onde os valores eram fortemente cobrados e a seleção dos candidatos era rígida. Ao mesmo tempo que a escola aberta proporcionou ensino a todos, sendo obrigatória e gratuita, tornou-se menos rica em conteúdos, exigências e, principalmente, nos critérios de avaliação, já que o que os índices de aprovação passaram a ser prioridade, mostrando com isso que a maioria da população estava alfabetizada, sem esquecer que essa alfabetização também era de faz de conta, pois poucos realmente saíram do processo de alfabetização com condições de ler o mundo e interpretá-lo de maneira favorável para sobreviverem com mais dignidade.

É uma pena que tanta coisa triste já tenha feito parte da história da educação brasileira, mas ao mesmo tempo, acredito que isso tudo também pode nos servir de exemplo, para a partir disso lutarmos com mais convicção de que é possível melhorar a educação. Estou certa de que neste exato momento estou fazendo a minha parte, lendo, refletindo, buscando e me aperfeiçoando no curso de pedagogia da UFRGS. Vamos juntos batalhar e quem sabe daqui a alguns anos seremos nós as autoras de um texto sobre as melhorias da educação no século XXI.

1 Comments:

At 4:10 PM, Blogger Thais Natali said...

Olá,gostei muito do teu blog, bem colorido, atravez deste espaço pude ver que vc é uma pessoa muito alegre e de alto astral!!! Parabéns!!!

 

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